Resultados de espessura crustal foram obtidos em dezenas de estações sismográficas, contribuindo para compilação do Mapa de Espessura Crustal na América do Sul. A Província Borborema mostra pequena espessura crustal (30-35 km), corroborada por modelos de refração sísmica e gravimetria, em contraste com a média do Brasil (40 km). A anisotropia sísmica e geoelétrica do manto foi investigada por meio da análise de divisão SKS e sondagens magnetotelúricas, respectivamente, e a distribuição de velocidades por refração sísmica, tomografia de tempo de percurso e ruido sísmico. A integração de dados geofísicos e geológicos mostra clara compartimentação da Província Borborema e seus limites com o Cráton do São Francisco, além da continuação das estruturas no embasamento da Bacia do Parnaíba. A compartimentação é devida principalmente à Orogenia Brasiliana, retrabalhada por transcorrências pós-colisionais e o afinamento crustal referido é resultado do processo de estiramento e fragmentação de Pangea e abertura do Oceano Atlântico no Mesozóico. Dados geológicos e geofísicos comprovam que o Arco Santa Quitéria se formou em associação com zona de subdução, em que litosfera oceânica foi destruída entre os domínios Médio Coreaú e Ceará Central, noroeste da Província Borborema, fato substanciado pela presença de coesita em eclogitos que flanqueiam o arco. Redes locais buscaram estabelecer as causas da atividade sísmica, obtendo hipocentros e mecanismos focais confiáveis no estudo de enxames sísmicos, que permitem discutir com precisão a correlação entre sismicidade e feições geológicas. Em geral, não há correlação entre a atividade sísmica e lineamentos e zonas de cisalhamento, a exceção sendo o Lineamento Pernambuco.
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